Na Borgonha são cultivadas 3 uvas, Pinot Noir, Gamay, e Chardonnay. A primeira é cultivada em quase todas as regiões, com exceção de Chablis. A Chardonnay é utilizada na produção de brancos e a Gamay na produção dos Beajoulais.
O destaque fica por conta mesmo da Pinot Noir, uva de aromas e sabores maravilhosos que junto com o terroir de Borgonha, produz vinhos sutis, elegantes, de taninos macios, equilibrados com aromas e sabores de frutas maduras, geleias, couro, tostado e outros.
O consumidor deve se atentar para os produtores de Borgonha no momento da compra de um vinho da região. Há muitos vinhos médios por preços altos. O conhecimento dos produtores tem muita importância na qualidade do vinho.
A região tem alguns negociantes que têm vinícolas próprias e produzem vinhos médios e bons, são eles: Louis Jadot, Joseph Drouhin e Bouchard Pére & Fils.
A região de Borgonha tem uma particularidade só existente neste local. Devido ao terroir, (combinação de microclima, solo, exposição ao sol, e outros fatores), um terreno que produz um Grand Cru de Borgonha pode estar ao lado de outro que é um village e produz um vinho básico.
Além de Chablis, a Borgonha se divide em seis Aocs, as mais conhecidas são a Côte de Nuits e Côte de Beaune, que juntas formam a Côte D’Or (que significa colina dourada entre Dijon e Chagny).
O solo da região é predominante de calcário, argila, granito e areia. Clima continental moderado, invernos frios e verões quentes.
Primeiramente vamos falar dos brancos, produzidos em Côtes de Beaune. Os destaques ficam por conta de Mersault, Puligny Montrachet, Chassagne Montrachet .
Mersault, uma vila conhecida por produzir vinhos prazerosos e ricos. Não possui Grand Crus, mas tem ótimos Premiers Crus. Os vinhedos possuem características únicas e podem ter o nome divulgado no rótulo das garrafas.
Puligny e Chassagne Montrachet ; os vinhos produzidos nestas vilas são elegantes e encorpados. As melhores regiões Grand Crus Montrachet e Batard Montrachet são divididas em Puligny e Chassagne. Como estes vinhos são escassos, alcançam preços altos. Chassagne produz vinhos tintos também, mas o forte são os brancos.
Os mais famosos vinhedos de bcos da Borgonha estão localizados nos 8 ha de Le Montrachet, que tem como características; ótima acidez e concentração de sabores e podem envelhecer por muitos anos. Os produtores da região são os melhores da Borgonha para brancos e prezam muito a qualidade. Temos: Domaine de La Romanée Conti, Domaine Drouhin, Domaine, Jacques Prieur, Olivier Leflaive e Comtes Lafon. Estes são vinhos muito caros, e privilégio de poucos.
Para quem quer apreciar um bom vinho de Borgonha branco e não gastar muito, deve-se atentar para os Borgonhas simples de bons produtores, como Joseph Drouhin, Louis Jadot entre outros.
Vinhos Tintos
As regiões mais importantes da Borgonha, para a produção de tintos são a Côte de Nuits e a Côte de Beaune . A união de delas forma a Côte D’Or.
A Côte de Nuits tem algumas vilas que se destacam pela produção de quase todos os Grand Crus. As vilas mais conhecidas são : Gevrey- Chambertin, Morey-St-Denis, Chambolle- Musigny, Vougeot, Vosne-Romaneé.
Em Vougeot, um dos vilarejos, destaca-se pelo Clos de Vougeot Grand Cru, um território de 50 hectares que possui um chateau em seu terreno. Como a área é grande tem vários tipos de solo, e produz vinhos médios e também excepcionais. Tem que se dar preferência pelos melhores produtores; Chateau de La Tour, Grivot, Jacques Prieur e Méo-Carmuzet.
Gevrey-Chambertin é a melhor vila de Côte de Nuits, tem nove Grand Crus, destaca-se o Le Chambertin. Entre os produtores mais importantes, temos: Denis Bachelet, Clos-St-Jacques. Os vinhos desta vila são potentes, estruturados, mas tem uma elegância que define o estilo dos produtores.
Na Borgonha , temos a produção de um ícone francês, o Domaine de La Romaneé-Conti. A propriedade possui a melhor seleção de vinhedos, somente Grand Crus, divididos entre Vosne-Romaneé e Montrachet. Os vinhos são muitos elegantes, macios, aromáticos, mas também potentes, com aromas terciários em seu final.
Na Côte de Beaune, os vinhedos estão envolta da cidade , estendendo-se até Pommard, Volnay e Mersault. Os dois primeiros são os destaques para tintos nesta região.
Pommard, produz vinhos tânicos e bem encorpados, de guarda. Harmonizam muito bem com carnes de caça, carnes assadas e pratos gordurosos.
Volnay produz vinhos mais elegantes, aromáticos, e mais leves. Possui ótimos produtores. São vinhos de melhor custo-benefício do que outras vilas como Gevrey, ou Chambolle Musigny.
Além disso, em Beaune, temos outras vilas menos prestigiadas, como: ST Aubin, Santennay. Os produtores mais importantes desta região são: Domaine Leflaive, Michel Lafarge, Vicent Girardin e Rémi Jobard. Estes vinhos são mais baratos do que aqueles produzidos nas regiões mais tradicionais.
Outros vinhos produzidos em Borgonha são os Beaujolais. Esta região se caracteriza por belas colinas e vilas, que produzem vinhos, quase que somente com a uva Gamay. Entre as classificações, temos; Beaujolais, Beaujolais Villages, Beaujolais Nouveau, e outros 10 grand crus com denominação própria. Pode-se destacar como as vilas de melhor qualidade, Molin –a –vent, Juliénas, St Amour e Fleurie.
Os Beaujolais Nouveau são vinhos que exploram muito o sabor da fruta, mas não tem boa qualidade. São produzidos, por maceração carbônica (técnica em que a vinificação é feita com as uvas inteiras sob uma camada de gás, destacando o sabor da fruta em detrimento da estrutura). Estes vinhos são produzidos com a uva Gamay, tem aromas de banana, rosas e gosto de frutas vermelhas frescas. Este vinho deve ser tomado muito jovem, poucas semanas após a colheita, quando os sabores de frutas ainda estão muito fortes.
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